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terça-feira, 27 de agosto de 2013

" Aquele Abraço " Quem Pita é Quem Apita.



“Quem pita é quem apita”

Vamos construir alternativas para uma nova vida junto com os usuários!


 Nos propomos a fazer com eles, e não por eles.

Voluntários que trabalharam e visitantes da Ação Afirmativa



Pela valorização da individualidade dos dependentes químicos de álcool e drogas!
Pela participação de todas e todos nas políticas públicas que são de direito do cidadão brasileiro.

" Aquele Abraço "

Café da manhã foi servido aos dependentes químicos
(pão com queijo e presunto e chocolate quente)


A ilegalidade de algumas substâncias psicoativas marginaliza as pessoas e as transforma em dependentes químicos alienados e marginalizados pelas práticas de drogadição, em territórios da área central, espaços específicos, determinados pelo venda e pelo uso continuo de álcool e drogas.
  Esses grupos são vítimas da criminalização das drogas, que fragiliza movimentos de resistência contra projetos autoritários de reforma urbana. Esse é o caso da região da Luz: que é Cracolândia, foi Boca do Lixo e quase se tornou Nova Luz.

Dependentes químicos que frequentam a região da Luz, no centro de São Paulo, conhecida como Cracolândia.

Despertar no dependente químico de álcool e drogas que frequenta a Cracolândia, uma reflexão sobre suas atuais condições de vida, comparando com a sua situação no passado e projetando um futuro melhor, em parcerias com a rede de proteção de saúde mental, assistência social e os serviços de saúde existentes no bairro.

Apos o café da manhã alguns jogaram pingue-pongue
 e conversaram com os voluntários sobre sua condição de drogadição.


·         Diálogo com os principais atores sociais da Cracolândia – 1º 2º e 3º Setores: Equipamentos sociais existentes que são subutilizado pelos usuários de drogas, moradores e comerciantes que rejeitam os usuários e os traficantes – para identificar suas necessidades e 
desejos de reinserção social.

·         Promover debate na cidade sobre a dependência química, a injustiça social e a influência do capitalismo na precarização da vida.

·     Oferecer serviços diretos e indiretos aos dependentes químicos em situação de rua. Por um lado, transferência de conhecimento através de oficinas de formação e capacitação, e por outro facilitar o acesso a serviços públicos que estarão disponíveis durante as oficinas.

·         Elaborar e exigir a implementação de políticas públicas que contemplem as demandas dos usuários, sobretudo a de saúde integral.    


Atendimento dos dependentes químicos
sobre direitos humanos e abordagem policial.

Missão do Programa

Melhorar a qualidade do ambiente social e urbano, onde vivem os usuários de crack no Centro de São Paulo, promovendo condições básicas de saúde e higiene, além de estimular o sentimento de pertencimento à comunidade.
Combater o estigma que marginaliza os dependentes químicos de álcool e drogas, que frequentam a Cracolândia.
Fortalecer a autonomia do oprimido, individual e coletiva dos usuários, em busca da sua cidadania.


A equipe da Inova distribuiu cartilhas e sensibilizou os
morados da região sobre o descarte de resíduos

Ações afirmativas

Promover atividades com os usuários de crack em duas tendas de 3x3 metros no espaço público onde costumam se reunir para usar a droga coletivamente.

O projeto Aquele Abraço acredita no trabalho em rede, para proteção das minorias e para a concretização de suas ações positivas, e por isso busca parcerias tanto em esferas governamentais como não governamentais.

As oficinas sugeridas neste projeto são um desdobramento da relação de confiança e parceria já estabelecida entre os integrantes do Aquele Abraço e os frequentadores da cracolândia.

Pretende-se nessa nova fase estabelecer um processo contínuo de apoio aos usuários, oferecendo alternativas práticas para a transformação de suas vidas.  




Outro Olhar
Estamos em busca de uma cidade que agrega e contempla todos e todas, com planejamento urbano realista e que considera todos os frequentadores dos espaços, sejam cidadãos comuns, profissionais do sexo, travestis, pessoas em situação de rua ou vulnerabilidade social, usuários de drogas como indivíduos em situação de vulnerável.
 A ideia é combater o estigma dos lugares identificados com espaços sujos e desagregados, onde o uso de psicotrópicos, não preservar a autonomia dos usuários, moradores de rua, não dando saída e políticas de acesso aos serviços sociais e de saúde.
 Acreditamos que construindo um diálogo personalizado e qualificado com os frequentadores da Cracolândia conseguiremos despertar o desejo de transformação de suas vidas e identificar do que esses indivíduos precisam juntamente com eles, para seguir um novo caminho e reconstruir-se.


Nova tecnologia social 
Entendemos a “Cracolândia” como um espaço de “cidadania insurgente”, um lugar com necessidades e questões específicas, que apresenta diversos panoramas: com futuros possíveis contidos no presente, mas que com a participação de todos os frequentadores podem mudar visivelmente o espaço urbano trabalhando diretamente com os usuários (in loco).
A função do programa Aquele Abraço é propor estratégias para viabilizar ações afirmativas, e o melhor desses futuros, sempre respeitando o território e a individualidade dos dependentes químicos, trazendo-os para ações positivas de reconhecimento individual.



Acolhimento diferenciado 
Propomos vivências de acolhimento e agregação, com práticas alternativas que acontecerão no próprio território dos usuários. Através de oficinas socioeducativas, oficinas terapêuticas para a valorização da autoestima, o resgate do autocuidado e técnicas para a geração de renda, que pretendemos valorizar o ser humano como protagonista da sua história.



Oficinas a serem oferecidas aos usuários:

a)Direitos do cidadão distribuição de cartilhas sobre os direitos dos cidadãos.

b) Consciência corporal: corpo e mente – Psicólogos, e psiquiatras do Programa Amar e Dar (projeto laico), que trabalham com portadores de transtornos psíquicos e usam oficinas com materiais recicláveis

c)Reconhecimento do território (produção coletiva de mapa/guia com os serviços disponíveis para pessoas em situação de rua) – Assistentes sociais do Município.

d)Leitura e escrita (alfabetização e elaboração de diários pessoais, com os alunos da psicologia social da PUC-Sp

e) Geração de renda: Reciclagem, fantasias e adereços, bijuteria e artesanato – Mocidade Alegre

f) Artes plásticas: pintura, desenho e grafite – com o coletivo do Teatro Faroeste.

g) Promoção da autoestima através da beleza Casa dos espelhos (corte de cabelo, maquiagem, manicure).

h)  Oficina terapêutica: “Vendem-se sintomas”. Quem são os dependentes químicos da região?



Quem faz o Programa Aquele Abraço
Objetivos dos proponentes 

Estimular a comunidade a ter um olhar coletivo, estimular planejadores e gestores urbanos a enxergar a cidade de dentro, com os olhos atentos as “cidadanias insurgentes”.

Idealizadores e consultores 

Coordenação 
Maria Albertina Sampaio Galvão França – Assistente social, coordenadora executiva da Ação da Cidadania, palestrante de oficinas de sensibilização e fundadora do programa Aquele Abraço.

Assistente de coordenação
Felipe Villela de Miranda – Arquiteto e urbanista (UFF). Estudou artes (EAV-Parque Lage) e Ciências Sociais (UFRJ). Pesquisa o território psicotrópico do crack no centro de São Paulo.

Coordenação Executiva das Ações, produção
Annabella Andrade – Consultora em gestão social e ambiental, doutoranda da Puc-Sp e coordenadora do Programa Transformando Sucata em Cidadania que trabalha com 684 catadores(as) da área central, para implantar o programa de gestão de resíduos com ênfase na Política Nacional de Resíduos Sólidos.


Antonio Lancetti  Psicanalista, autor de Clínica Peripatética (Editora Hucitec), foi secretário de Ação Comunitária no município de Santos.

Arnaldo Fonseca de Melo – Arquiteto, artista e doutorando em História e Fundamentos da Arquitetura e do Urbanismo na FAU-USP com o tema Cidade e Saúde.   


 Paulo Faria – Diretor do grupo de teatro Pessoal do Faroeste. Há dez anos na região da cracolândia, a companhia constrói a sua dramaturgia a partir da realidade do entorno.                                 


Calendário das ações afirmativas : sempre no ultimo fim de semana do mês.


Codigo de Ética



PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS

 Reconhecimento da liberdade como valor ético central e das demandas políticas a ela inerentes - autonomia, emancipação e plena expansão dos indivíduos sociais;

 Defesa intransigente dos direitos humanos e recusa do arbítrio e do autoritarismo;

 Ampliação e consolidação da cidadania, considerada tarefa primordial de toda sociedade, com vistas à garantia dos direitos civis sociais e políticos para todos;

 Defesa do aprofundamento da democracia, enquanto socialização da participação política e da riqueza socialmente produzida;

 Posicionamento em favor da eqüidade e justiça social, que assegure universalidade de acesso aos bens e serviços relativos aos programas e políticas sociais, bem como sua gestão democrática;

 Empenho na eliminação de todas as formas de preconceito, incentivando o respeito à diversidade, à participação de grupos socialmente discriminados e à discussão das diferenças;

 Garantia do pluralismo, através do respeito às correntes profissionais democráticas existentes e suas expressões teóricas, e compromisso com o constante aprimoramento intelectual;

 Opção por um projeto profissional vinculado ao processo de construção de uma nova ordem societária, sem dominação, exploração de classe, etnia e gênero;

 Articulação com os movimentos de outras categorias profissionais que partilhem dos princípios deste Código e com a luta geral pela cidadania;

 Compromisso com a qualidade dos serviços prestados à população e com o aprimoramento intelectual, na perspectiva da competência profissional;

 Exercício do Serviço Social sem ser discriminado, nem discriminar, por questões de inserção de classe social, gênero, etnia, religião, nacionalidade, orientação sexual, idade e condição física. 

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